terça-feira, 12 de junho de 2018

Nosso amanhã

"O céu mais uma vez está surpreendentemente fantástico. 
Contrasta com as luzes ao fundo e me permite sair da zona de conforto e não me limitar a ter as respostas que me agradam,  mas sim as respostas que realmente valem. 
Este é aquele momento da vida em que paro pra pensar em tudo o que deixei para trás.

Pensar nos olhares trocados em vão, nos gestos que diziam tudo e nada ao mesmo tempo. Nos leves toques das pontas dos dedos no rosto enquanto a lágrima caía sem cessar. 
Pensar em cada passo em falso que fazia com que o chão sumisse dos meus pés.

Há algum tempo atrás eu achava que tinha todas as respostas para todos os meus problemas. Hoje eu sequer sei reagir ao seu sorriso. 
Como é linda a cidade na direção da sua morada
Como é tranquila a longa noite preenchida pela luz da Lua
Como é maravilhosa aquela luz azul que um diade forma indiretame proporcionou sentir o que sinto agora!!!

não descanso dias planejando o que gosto de chamar de 'nosso amanhã', mas nem o cansaço me esgota, pois em sua aparência leve encontro refúgio para as minhas dores..."



E foi assim que eu vim parar aqui. Não sei e nem quero voltar. Não espero recompensa. Apenas me basta um sorriso e um olhar como o primeiro que me presenteou... 
Isso me trará forças pra seguir lutando pelo "nosso amanhã" sem fim...


quinta-feira, 7 de junho de 2018

Pedra dormente

Voltando de mais uma das inúmeras consultas, um trânsito monstruoso daqueles que só existe em São Paulo. Era o início da noite mais longa do ano e eu não sabia o que esperar dos próximos minutos que seriam um divisor de águas na minha vida.

Eu estava tão bem. Preparado para tudo o que viesse de encontro a mim. Firme, forte, exalando astúcia e esbanjando coragem.


Nada mais me tiraria a paz. Nada mais me derrubaria. Havia destruído as correntes invisíveis que me prendiam ao fruto da minha imaginação que me remetia aos teus cabelos por entre meus dedos; você dentro do meu abraço; o cheiro de café perfumando o nosso ar. As promessas de que a partir dali tudo seria perfeito.


Alegre, cantando, sorrindo, não me importando com nada que pudesse me fazer mal.

Tudo corria bem até que o velho carma do outono, próximo ao 10 de junho de tantos anos atrás, voltou a acontecer.


Meu telefone tocou.
Eu atendi...
Me fodi...


Vai passar... Vai passar.